"...não te apresses a revelar".

Provérbios 25.8.

Os tempos modernos vive de notícias rápidas, on-line, mas Deus nos ensina que o que se precipita com a sua boca, erra. O texto que iniciamos diz: "O que os teus olhos viram, não apresses a revelar, para depois, ao fim, não saibas o que fazer, podendo-te confundir o teu próximo".

Contar para os outros algo inusitado é costume da raça humana. Não é comum encontrarmos pessoas comedidas, introvertidas, que não repartem nada o que aprendem ou ouvem de alguém. Deus pela sua Palavra não está querendo também que sejamos iguais a esses. Os dois lados são os extremos. Ele está nos ensinando que não devemos nos apressar com aquilo que Ele está nos revelando, porque a revelação de Deus não é só para que tenhamos conhecimento teórico, mas prático, experimental da Sua Palavra, conhecimento esse em Cristo, e isto leva algum tempo.

Quando nos apressamos em revelar algo que ainda não é experiência nossa em Cristo, podemos levar o nosso próximo à confusão: "O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias" Provérbios 21.23. Uma vez que criou-se a confusão, fica muito mais difícil reparar o erro. Por outro lado, a palavra dita a seu tempo é como uma jóia preciosa: "Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo. Como pendentes de ouro e gargantilhas de ouro fino, assim é o sábio repreensor para o ouvido atento" Provérbios 25.11-12.

Agora, como conter algo tão difícil onde a própria Palavra diz: "Porque toda a natureza, tanto de bestas feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal" Tiago 3.7-8. Somente conhecendo um fruto do Espírito que é domínio próprio ou temperança: "Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança" Gálatas 5.21.

Como podemos ver, o homem não pode se conter, porque tem uma língua que é inflamada. Ela traz muita confusão, mas Cristo em nós, opera o que perante Deus é agradável (Hebreus 13.21), manifestando o seu fruto no tempo próprio: a temperança, o domínio próprio, a mansidão. Para isto temos que ter uma carne crucificada, santificada ao Senhor, andando no Espírito: "E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito" Gálatas 5.28-29.