Dia 01 de março

 

 

"...mas qualquer que, ... perder...".

Lucas 9.24.

 

Estamos vivendo os tempos angustiosos que o Espírito relatou através das Escrituras. Onde os homens são amantes de si mesmos, e juntam mestres segundo os seus desejos para . Entre elas está a doutrina da prosperidade, da abastança "espiritual". Todo chamado para os "fiéis", é para se encher-se de benesses. Dizem que para Deus não há limite de bênçãos, é só apanhá-las. Os que usam dos púlpitos para anunciarem isto, são ministros do lucro e não da justiça de Deus. São ministros extremamente habilidosos para mercadejar as coisas espirituais. Esses são os que seguem o caminho de Balaão: "Tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição; os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça; mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta. Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva" II Pedro 2.14-17.

As pessoas são ensinadas por esses ministros a vir para Jesus e para Deus para ganhar, para receber; mas não é assim que Jesus nos ensina. No Reino de Deus, se alguém quiser ganhar, primeiro tem que perder: "E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará" Lucas 9.23-24.

O homem é adepto do lucro fácil, por isso é que ele se deixa levar por essas pregações. No Reino de Deus, não é assim, ele tem que deixar tudo, renunciar a tudo, até a sua própria vida: "Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo... Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo" Lucas 14.26-27 e 33.

A oração de São Francisco de Assis, tem em seus versos as seguintes frases: "Pois é dando que se recebe; é perdoando que se é perdoado; e é morrendo que se vive para a vida eterna". Todo aquele que nasceu de novo, e vê o Reino de Deus, compreende claramente essa palavras de São Francisco em sua oração. É dando, é perdendo, é renunciando que se recebe. É morrendo que se vive para a vida eterna: "Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos" II Timóteo 2.11.

Não vá atrás desses faladores vãos. A Palavra de Deus nos ensina que estes são fontes sem água, nuvens levadas pelo vento. Para aonde o vento toca, eles vão também. Esses ventos de doutrina sempre vem e vão, mas sempre se desfaz; agora, a Palavra de Deus, essa permanece para sempre: "Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre. Porque toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a palavra do SENHOR permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada" I Pedro 2.23-25.

No reino de Deus não é ganhar, mas perder. Não é viver, mas morrer: "Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna" João 12.24-25. Quem crer assim será bem-aventurado, caso contrário, estará enredado por esses mercadejadores de bênçãos: "Estes são manchas em vossas festas de amor, banqueteando-se convosco, e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas" Judas 1.12. Amém.

 

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