Dia 05 de maio

 

 

"... viva, e que permanece para sempre".

I Pedro 1.23.

Existe uma dúvida que paira sobre aqueles que se dizem cristãos nos nossos dias. A dúvida é se o cristão que uma vez é salvo, é para sempre salvo. Em primeiro lugar precisamos saber em que se fundamenta a nossa fé. Caso seja apenas no batismo nas águas, ou apenas por ter aceitado Jesus como nosso Senhor e Salvador, ou ser membro de uma igreja denominacional, ou mesmo ter feito um seminário ou coisa parecida. Se esta for a nossa certeza, então isto não é fé, mas um pecado: "... tudo o que não é de fé é pecado" Romanos 14.23.

O texto de Romanos 3, nos versos 3 e 4, nos diz: "Pois quê? Se alguns foram incrédulos, a sua incredulidade aniquilará a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, e venças quando fores julgado".

A incredulidade ou a falta de conhecimento dos denominados cristãos de hoje não anula a fidelidade de Deus. O grande problema é que os púlpitos de hoje não são mais usados por homens piedosos, que pelo Espírito Santo persuadem os homens à fé na Palavra de Deus, mas são usados para exibirem os seus conhecimentos e seguem o avarento caminho de Balaão: "Tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição; os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça" II Pedro 2.14-15.

Os cristãos de hoje não são mais ensinados a  seguirem o Senhor com um coração puro, mas seguirem o que é terreno: "Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas" Filipenses 3.18-19. Não buscam mais o que é de Cristo, mas o que é propriamente seu e como satisfazerem as suas almas: "Porque todos buscam o que é seu, e não o que é de Cristo Jesus" Filipenses 2.21.

Estamos vivendo nos nossos dias o mesmo testemunho da Igreja de Laodicéia: "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;..." Apocalipse 3.15-17.

Mas como vimos anteriormente, a nossa incredulidade não aniquilará a fidelidade de Deus. O testemunho que Deus dá acerca de Seu Filho, é que Jesus veio buscar e salvar o que se havia perdido. Que Ele quando foi levantado da terra naquela cruz, nos incluiu em seu corpo: "E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim" João 12.32. Que fomos incluídos na sua morte, para que como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós em novidade de vida (Romanos 6.4).

Ele nos ensina que esta obra está consumada (João 19.30). Que já estamos mortos e a nossa vida está escondida com Cristo em Deus (Colossenses 3.3). Também nos faz saber que Ele não leva em conta os tempos que vivíamos na ignorância, mas manda agora que nos arrependamos: "Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos" Atos 17.30-31.

É necessário que haja um arrependimento genuíno, uma conversão realizada por Deus, isto é, um lavar da regeneração e uma renovação pelo Espírito Santo: "Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo" Tito 3.4-5.

É necessário que haja um novo nascimento, um nascimento do alto realizado pelo Espírito Santo e não uma simples aceitação de Jesus como nosso Salvador. Um nascimento não do sêmen corrupto dos nossos pais, mas do sêmen de Deus, da Palavra de Deus que é viva e que permanece para sempre: "Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre" I Pedro 1.23.

Somente aqueles que foram de novo gerados de semente incorruptível podem dizer que uma vez salvos, salvos para sempre. Primeiramente porque esta semente de Deus não pode ser corrompida. O cristão que verdadeiramente nasceu de novo não pode mais se corromper porque a divina semente permanece nele (I João 3.9). Também porque ela é viva e permanece para sempre. Como não se pode desfazer um nascimento, um novo nascimento também não é possível ser desfeito. Esta nova criatura tem uma vida eterna e jamais perecerá: "E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai" João 10.28-29.

Esta vida eterna não se pode murchar, porque é guardada pelo poder de Deus: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós, que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo" I Pedro 1.3-5.

Esta nova vida não é uma coisa, mas é o próprio Jesus Cristo, o Todo-Poderoso vivendo em nós: "E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida" I João 5.11-12. Aleluia!

Você crê que está eternamente salvo? Se esta não for a sua fé, não deixem que te enganem com vãs filosofias ou tradições dos homens; clame a Deus que abra o seu entendimento, porque o deus desse século tem cegado os olhos dos incrédulos para os levarem a perdição: "Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus" II Coríntios 4.3-4.

E todo aquele que crê que está eternamente salvo, não pode viver negligentemente com esta riqueza eterna, mas deve operar essa salvação com temor e tremor (Filipenses 2.12). Com diligencia, fazer mais firme a nossa vocação e eleição (II Pedro 1.10). Amém.

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