Dia 06 de julho

 

 

"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos

perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça".

I João 1.9.

 

Como é comum tomarmos a Palavra de Deus por nossa visão. Tomamos o texto e dizemos: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele nos perdoa". É verdade, nosso Pai é fiel e nos perdoa, mas o perigo é fazermos disso uma prática. O perdão de Deus precede a purificação, mas o perdão sem purificação não seria completo.

Deus é perfeito e justo. Ele não só nos perdoa, mas também nos purifica de toda a injustiça. Inconscientemente talvez desejamos ser sempre perdoados; isto porque o perdão não traz prejuízos ao perdoado, somente àquele que perdoa. Já a purificação traz várias perdas a nós. Perda daquilo que amamos, que nos satisfaz, que nos deleita, que agrada a carne.

Perdão sem purificação não traz mudança: "Purifica-me com hissope, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve" Salmos 51.7. Perdoar é não ter mais em conta, mas purificar é tirar todas as impurezas. Para perdoar é necessário apenas uma simples palavra, um simples gesto, mas para purificar é necessário o fogo, o fogo da aflição: "E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro" Zacarias 13.9.

O Senhor nos perdoa; não somente perdoa, mas também nos purifica de toda injustiça: "O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras" Tito 2.14. Não há como Deus se mostrar a nós somente nos perdoando, porque Ele não deseja para si um povo apenas perdoado, mas puro assim como Ele é puro: "Com o puro te mostrarás puro; e com o perverso te mostrarás indomável" Salmos 18.26.

O perdão não nos custa nada, mas custou muito para Deus. Custou a vida de seu Filho. Já a purificação nos custa a perda de tudo o que é nosso, da nossa carne, do nosso EU, para que Aquele que é puro seja manifesto em nós. Como um diamante, as impurezas têm que ser retiradas para que a sua pureza interior seja manifesta.

Todo aquele que tem esta esperança não se acomoda somente com o perdão, mas purifica-se a si mesmo assim como Ele é puro (I João 3.3).

Se chegarmos a pedir perdão mais de uma vez por uma mesma injustiça, é porque não estamos purificados daquilo. Ele é misericordioso para nos perdoar, mas também é poderoso para nos purificar de toda a injustiça. A morte de nosso Senhor Jesus Cristo não só nos perdoou, mas também nos santificou de uma vez para sempre (Hebreus 10.10). O sangue derramado nos perdoou, mas agora ele purifica os que andam na luz (I João 1.7).

Cristo crucificado nos justificou, mas agora a cruz tem o propósito de mortificar as obras do corpo para que a Sua Vida santa se manifeste (II Coríntios 4.11).

Oremos assim: - Senhor não só me perdoe, mas também me purifique de toda a injustiça.

Só cuidemos para não rejeitarmos a fornalha; os métodos, as pessoas, e até os ministros que o Senhor se proverá para cumprir a Sua vontade: "E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso SENHOR Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará" I Tessalonissenses 5.23-24.

O Senhor faz isto aos seus filhos para que sejamos participantes de sua santidade (Hebreus 12.10). Amém.

 

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