Dia 11 de junho
"Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário...". Hebreus 10.19.
Onde se encontra Deus para que possamos adorá-lo? Muitos vivem como a mulher samaritana, querendo adorar a Deus no monte. Sobem nos montes e fazem noitadas de vigílias para ver folhas e gravetos produzirem faíscas. Faíscas que não podem guiá-los: "Eis que todos vós, que acendeis fogo, e vos cingis com faíscas, andai entre as labaredas do vosso fogo, e entre as faíscas, que acendestes. Isto vos sobrevirá da minha mão, e em tormentos jazereis" Isaías 50.11 Outros dizem que é no templo onde se deve adorar. Aprendi na minha infância que Deus estava no templo. Para adorá-lo, precisava freqüentar o templo. O que muitos chamam de "Casa de Deus", o Senhor chama de casa de salteadores: "Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este. É pois esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o SENHOR" Jeremias 7.4 e 11. Todos estes, disse Jesus, adoram o que não conhecem porque Deus é Espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade: "Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" João 4.19-24. O propósito de Deus quando deu a visão do tabernáculo a Moisés nunca foi que o homem o trocasse pelo que é verdadeiro. Aquele era temporário; era um modelo do céu, do verdadeiro tabernáculo que Deus fundou e não o homem (Hebreus 8.2). Deus deu um corpo ao homem para ser sua habitação e seu santuário: "Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o SENHOR, e o SENHOR para o corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" I Coríntios 6.13 e 19. O homem no pecado está destituído da Glória de Deus (Romanos 3.23). Está separado da vida de Deus pela ignorância que há nele (Efésios 4.18). No velho tabernáculo o homem pecador não podia passar além do átrio exterior, onde eram feitos os sacrifícios. Somente os sacerdotes entravam no santo lugar para ministrar o tabernáculo. Uma vez por ano o sumo sacerdote entrava no santíssimo lugar para oferecer dons e sacrifícios em favor do povo. No santíssimo lugar não havia nenhuma cadeira ou assento para o homem, somente Deus estava sentado no seu trono de glória e de justiça. Quando o sumo sacerdote saia do tabernáculo todo o povo se alegrava, porque era um sinal de que Deus renovara o seu perdão por mais um ano ao povo. Na velha aliança esses sacrifícios eram renovados de ano em ano, mas nunca podia aperfeiçoar os que se achegavam a Deus. No sacrifício que foi celestial e eterno, Jesus é o sumo sacerdote que entrou por nós no próprio céu: "Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus" Hebreus 4.14 e 9.24. Jesus realizou esta obra de uma vez para sempre. Ele rasgou o véu do santuário de cima a baixo: "E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras" Mateus 27.50-51, e agora nos proveu um lugar de descanso no santíssimo lugar, assentados juntamente com Ele no seu trono de Glória e Justiça: "Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus" Efésios 2.5-6. Podemos agora entrar com ousadia no santíssimo lugar como sacerdotes reais, pelo novo e vivo caminho que Ele nos inaugurou, isto é, pela sua carne que foi partida por nós: "Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu" Hebreus 10.19-23. O santuário de Deus é o corpo daquele que nasceu de novo e que Cristo vive. Para conhecê-lo e adorá-lo não é mais necessário ir aqui ou acolá, nem depender que outros façam esta mediação, e muito menos oferecer-lhe sacrifícios, mas é estar no Espírito: "Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça" Romanos 8.9-10. Se Cristo está em nós, o Pai também está pelo seu Espírito: Se o Pai e o Filho estão em nós, então podemos ter acesso a Deus em um mesmo Espírito: "Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito" Efésios 2.18, e ter comunhão com ambos no seu santuário: "O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo" I João 1.3. Não é nós que vamos, mas Ele é quem vem a nós e faz em nós morada para que o conheçamos: "Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada" João 14.23. Amém. |
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