Dia 11 de setembro

 

 

"Mas vós sois... o sacerdócio real".

I Pedro 2.9.

 

Na genealogia de Jesus, apresentada em Mateus 01, do verso 01 a 17, mostra no verso 17 que desde a deportação da Babilônia até o Cristo são quatorze gerações: "De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para a Babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para a Babilônia até Cristo, catorze gerações". Se contarmos a partir da deportação da Babilônia, você encontrará treze gerações e não catorze como diz o texto. Será que o Espírito Santo quando inspirou Mateus errou?

O verso 16 nos ensina que Ele não errou: "E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo". Jesus é a décima terceira geração e Jesus o Cristo a décima quarta. Jesus naquela cruz se tornou o último Adão, porque fomos incluídos no seu corpo naquela cruz. Quando Deus deu vida a Jesus na ressurreição, lhe deu um nome que está acima de todo nome: Jesus Cristo. Deus em sua misericórdia nos deu vida juntamente com Ele (Efésios 1.4-5). Jesus se tornou o primogênito dessa nova geração, uma geração eleita por Deus. Nós fomos feitos filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição: "Porque já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição" Lucas 20.36.

Como Jesus Cristo é Sacerdote e Rei, nós que fomos feitos a Sua imagem (Romanos 8.29), somos agora em Cristo, sacerdotes reais, a fim de ministrarmos as coisas espirituais a Deus: "Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo" I Pedro 2.5. "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito" Efésios 2.20-22.

Deus em Malaquias 2.7 nos mostra qual é o perfil do verdadeiro sacerdote: "Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do SENHOR dos Exércitos". Qualquer  homem pode ser tomado pelo povo como sacerdote para ministrar as coisas concernentes aos homens (Hebreus 5.1-3), mas um sacerdote real, que ministra sacrifícios espirituais a Deus, só é possível ser aceito por Deus, se estiver em Cristo: "Vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre" Hebreus 13.21.

Na figura do tabernáculo, somente o sacerdote podia entrar no santo lugar e ministrar no altar. Agora, como sacerdotes reais, e no verdadeiro tabernáculo não feito por mãos humanas, podemos ministrar o verdadeiro altar: "Temos um altar, de que não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo. Porque os corpos dos animais, cujo sangue é, pelo pecado, trazido pelo sumo sacerdote para o santuário, são queimados fora do arraial. E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta. Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério" Hebreus 13.10-13.

Ninguém está apto a oferecer tais sacrifícios a Deus, somente o seu povo eleito, os seus sacerdotes reais. Esse ministério é o sacerdócio de Cristo, que não tem princípio nem fim, e é segundo a Ordem de Melquisedeque (Hebreus 6 e 7). Nesse sacerdócio não se pode entrar por aclamação, nem fazendo um seminário, somente por escolha do Senhor: "Pois quê? O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos. Como está escrito: Deus lhes deu espírito de profundo sono, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até ao dia de hoje" Romanos 11.7-8.

Portanto, somente um homem ou mulher, judeu ou grego, escravo ou livre que morreu e ressuscitou juntamente com Cristo está em Cristo, é um sacerdote real. Deus nos fez seus sacerdotes reais, para que lhe ministremos as coisas espirituais e anunciemos as grandezas daquele que nos tirou das trevas para a sua maravilhosa luz. Nós, que em outro tempo não éramos povo, mas agora somos povo de Deus; que não tínhamos alcançado misericórdia, mas agora alcançamos misericórdia. Continua...

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