Dia 14 de junho
"Porque em esperança fomos salvos...". Romanos 8.24-26.
A esperança que se vê não é esperança. A fé é o firme fundamento das coisas que esperamos. É uma certeza do que não vemos (Hebreus 11.1). A esperança não é algo somente do que virá pela frente, mas também do que se passou. O texto nos diz que em esperança fomos salvos. O verbo está no passado. Não vimos Jesus em carne; nem O vimos ser crucificado e ressuscitar, mas em esperança cremos que fomos incluídos na sua morte e ressurreição. Cremos que nosso velho homem foi com Ele crucificado. Que fomos justificados e ressuscitados juntamente com Ele para vivermos em novidade de vida (Romanos 6.3-8). A esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? Jamais diga como aqueles discípulos no caminho de Emaús: "Ora, nós esperávamos que fosse ele quem havia de remir Israel..." Lucas 24.21. A esperança não é a última que morre como dizem alguns. Se eles verdadeiramente tivessem esperança, estariam aguardando os fatos acontecerem e jamais teriam dito que "esperávamos". Se fosse esperança, eles teriam aguardado com paciência. O que eles tinham por Jesus não era diferente de muitos de nós: somente a aparência. Cremos nos sinais, no que vemos e não em sua Palavra: "E, estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome. Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia" João 2.23-24. Somos como Tomé e queremos ver para crer: "Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram" João 20.29. Se esta é a nossa realidade, então Jesus também nos considera néscios e tardos de coração como aqueles dois discípulos no caminho de Emaús: "E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras" Lucas 24.25-27. Quando eles viram que Jesus tinha sido morto e enterrado, sua aparente esperança caiu por terra, porque não era em Sua Palavra que eles esperavam. A esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o espera? Mas, se esperamos o que não vemos com paciência o aguardamos. Mas como ter esperança num mundo que vive de aparências e provas científicas, e nós num vaso de barro? Na Graça e na suficiência do Espírito: "E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis" Romanos 8.26. Pelo Espírito vivemos em esperança do que não vimos no passado, do que não vemos no presente e do que veremos no futuro. Em esperança fomos salvos. Em esperança estamos sendo salvos, e em esperança somos guardados pelo poder de Deus para a salvação que está preparada para revelar-se no último tempo: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós, que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo, Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo" I Pedro 1.3-7. A esperança que se vê não é esperança. Se olharmos para as circunstâncias ficaremos confundidos por causa das constantes tribulações, aflições e fraquezas. Se somos da fé, então somos também filhos de Abraão, que em esperança creu contra a esperança: "Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós, (Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem. O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência. E não enfraquecendo na fé, não atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quase cem anos, nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara. E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus" Romanos 4.16-20. Se somos da fé como nosso pai Abraão, então o Espírito nos ajudará em nossa fraqueza e nos fará atentar nas coisas que não se vêem. Atentemos para a Sua Palavra e não para o que vemos; só assim seremos bem-aventurados: "Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas" II Coríntios 4.16-18. Amém. |
|