A Família

Deus criou duas instituições na terra: a família e a Igreja. Trataremos nesta oportunidade da família, pois, a igreja não poderá estar bem se não estiver bem a família. Uma coisa é segmento da outra, e também porque na terra a família foi a primeira a ser instituída por Deus, apesar de ela ser uma figura do que havia de vir (Gen 1.27-28).

Temos visto que a primeira obra de santificação que Deus tem feito em seus filhos é com respeito à família. Todas as vezes que vemos pessoas crendo, e sendo regeneradas por Deus, logo vem a mente participar de uma igreja, mas esta não é a primeira necessidade de um filho de Deus, mas de aprender com Deus a relacionar-se com sua família, quer seja como marido, mãe, filho, nora, genro, sogra ou sogro.

Tenho plena convicção de que conforme a vida dos membros da Igreja de Deus forem sendo organizadas, a vida da Igreja também o será na mesma proporção. Lembrando também, que a família não se estende somente à Igreja, mas também à sociedade. A Igreja primitiva caia na graça de todo o povo, porque partia o pão nas casas, e tinham alegria e singeleza de coração (Atos 2.46-47). A sociedade também é uma extensão da família, portanto, família santa, Igreja santa e sociedade sendo santificada pelo convívio com os seus santos.

Portanto, devemos viver a Palavra de Deus, tanto quanto falamos e ouvimos dela. A vivificação da Palavra de Deus em nós é sinal da operação da vida de Cristo. Estamos nos tempos angustiosos em que a Palavra se refere (II Tim 3.1). A visão da Igreja está totalmente destruída, aos poucos o Senhor tem restaurado o seu testemunho, mas agora, Satanás está acabando com o conceito da família. No mesmo capítulo 3 de II Timóteo, vemos nos versos 2 e 3, que muitas das características ali citadas estão muito ligadas a família, tais como: desobediência aos pais e mães, ingratidão, falta de afeto, falta do amor de filhos para com os pais e dos pais para com os filhos, incontinência e etc...

Sabemos que a iniquidade se multiplicará, e que o homem não tem coração para obedecer, mas aqueles que creem, tem sido instruído qual a maneira que devem andar, para que no tempo que nos resta na carne, não vivamos para a concupiscência dos homens, mas para a vontade de Deus (I Ped 4.2). Deus santifica os filhos, e marido ou esposa incrédulos pelo convívio com algum de Seus filhos (I Cor 7.14). Grande parte das promessas de Deus envolve a família. Temos como exemplos: Noé, Abraão (sendo o pai de todas as famílias da terra (Gen 12.3)), Ló, Jó e muitos outros: "Mas contigo estabelecerei o meu pacto; entrarás na arca, tu e contigo teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos" Gen 6.18.

A família foi criada por Deus, para prefigurar a obra de Jesus e seu relacionamento com a Sua Igreja: "Por isso deixará o homem seu pai e sua a mãe, e se unirá a sua mulher, e serão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu falo em referência a Cristo e à Igreja" Ef 5.31-32. De acordo com a Palavra de Deus, a finalidade principal da família é glorificar e servir a Deus: " Todos os limites da terra se lembrarão e se converterão ao Senhor, e diante dele adorarão todas as famílias das nações" Sal 22.27 "Porém, eu e a minha casa serviremos ao Senhor" Josué 24.15.

Hoje, o principal pensamento que se tem na vida dos próprios filhos de Deus que ainda estão solteiros, é mais com o casamento do que com a família. É fato que não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas todo aquele que é nascido de Deus, tem também promessas de Deus para que a família O glorifique. Deus é que instituiu a família, e Ele pode perfeitamente nos dar filhos e eles serem Sua herança ( Sal 127.3): "Certamente tornarei a ti no ano vindouro e Sara tua mulher terá um filho" Gen 18.10. Podemos perfeitamente constituir uma família por revelação e promessa, e não conforme aqueles que não conhecem a Deus: pela carne.

É fato que a família não é somente gerar filhos, mas envolve tudo, e queremos com a misericórdia de Deus olhar com os amados em Cristo Jesus desde a espera para a esposa ou esposo vindo de Deus, à graça de Deus para os dois como o sexo, criação de filhos, sustento e etc... Vamos caminhar e ver o que o Senhor tem para nós.

O propósito primário da família para Deus, não está no campo material, mas no espiritual: "Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas as outras coisas vos serão acrescentadas" Mat 6.33. A família é a garantia de Deus para a proclamação da Sua Graça durante os séculos. Temos na Palavra de Deus, testemunho de uma família bem instruída e outra mal instruída. A primeira é a de Timóteo: "Trazendo à memória a fé não fingida que há em ti, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice e estou certo de que também habita em ti... e que desde a infância sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus" II Tim 1.5; 3.15. A segunda é a do profeta Eli: "Ora, os filhos de Eli eram homens ímpios; não conheciam ao Senhor. Porque já lhe fiz saber que hei de julgar a sua casa para sempre, por causa da iniquidade de que ele bem sabia... (I Sam 2.12, 3.13).

A família, por ser uma instituição divina, começa a ser constituída por Deus antes que ela exista; por isso, a escolha do marido e da esposa é uma determinação divina e não de uma escolha pessoal e carnal: "Casa e riquezas são herdadas dos pais, mas a mulher prudente vem do Senhor" Prov. 19.14. Este exemplo encontramos na primeira família constituída por Deus nesta terra, onde o esposo e a esposa foram criados e unidos pelo Senhor: "Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea" Gen 2.18. Primeiro encontramos a expressão onde Deus não acha bom que o homem esteja só. Isto nos mostra claramente que quem criou a família foi Deus. Em seguida, encontramos a palavra “idônea” ou “idônea”, que reside toda a qualidade do casal e consequentemente da família. Por isso, este é o versículo onde primeiro vamos trabalhar, pois, ele nos traz toda a base de revelação para podermos conhecer como Deus constitui uma família.

O versículo de Gênesis 2.18, nos traz em primeiro lugar, a revelação de que uma família é uma instituição que saiu do coração de Deus, portanto, ela é divina. Deus é a origem de toda bem-aventurança, e o casamento é uma bem-aventurança, é um favor do Senhor: "Quem encontra uma esposa acha uma coisa boa; e alcança o favor do Senhor" Prov 18.22. A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável; e ela nos mostra que estar só não é bom somente aos nossos olhos, mas principalmente aos olhos de Deus. Tudo que Deus tinha feito, Ele tinha achado muito bom, mas a única coisa que Ele não achou bom, é que o homem estivesse só. Não é bom o homem estar só, é Deus quem diz, portanto, o casamento não é um problema, mas uma bênção; é um problema para o mundo, por causa da dureza de seus corações (Mat 19.7-8).

Continuando o versículo, vamos encontrar a palavra "idônea" que quer dizer: "alguém que seja segundo o coração de Deus, segundo a Sua vontade, alguém de quem não se possa envergonhar". Esta idoneidade ninguém possui, é Deus quem nos faz idôneos para sermos participantes da herança dos santos na luz (Col 1.12), por isso, um casamento só é verdadeiro para Deus, quando os dois são regenerados, são feito idôneos por Deus. Podemos então ver neste versículo, que o casamento é uma instituição divina, é uma necessidade para o homem (ou mulher), mas eles devem ser idôneos, isto é, escolhidos por Deus, segundo a sua vontade. Um casal de que Ele não possa se envergonhar, um casal regenerado, nascido de novo.

Em Gênesis 2.21-22, podemos ver que a princípio, o casal existia numa só pessoa. Do homem é que foi formada a mulher. Este também deve ser o princípio de fé de todo aquele que está esperando em Deus para constituir uma família. Podemos ver que a parte que foi tirada dele, deve ser novamente juntada, trazida por Deus: "e da costela que o Senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a TROUXE ao homem".

É por isso que vemos os casamentos entre os ímpios não darem certo. As partes são trocadas, nunca casam. Seria como um quebra cabeça que se tenta montar com partes trocadas. A expressão é esta: não casam. Nós não sabemos quem é a parte que foi tirada do homem, ou sendo mulher, de quem ela é parte. Só Deus sabe, e só Deus pode TRAZER e juntar as partes para que sejam uma só carne. Este quebra cabeça, só Deus pode juntar, o homem é incapaz.

Estou sendo radical? Este não é meu parecer, mas o de Deus. Rebele-se contra Ele, e esta será a sua derrota. Você nunca saberá o que significa casamento e a bênção que ele traz se descuidar destes princípios divinos. O casamento deve ser constituído por Deus, do contrário será um casamento que nunca casará.

As pessoas que não conhecem a Deus se casam e se dão em casamento (Mat 24.38), mas para os filhos de Deus, o casamento deve ser graça, e para isto, devem esperar inteiramente nela, esperar a revelação. Como para Deus a esposa e o esposo devem ser idôneos, nunca Ele colocará duas pessoas em jugo desigual. Nunca Deus unirá seus filhos com os incrédulos, para Deus isto é uma falta grave: "Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos" (II Cor 6.11). Este "não" de Deus é definitivo, não existem exceções. Para Deus o casamento é uma figura da união de Cristo com Sua Igreja, e para que isso seja realizado, Ele se entregou por ela, a fim de santificá-la e purificá-la, para que ela se apresente a Ele Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga; isto é, idônea (Ef 5.26-27). Por ser o casamento uma instituição divina, e a terrena uma figura desta que é celestial, Deus nunca admitirá que este casamento, mesmo que seja aqui na terra, seja em jugo desigual. Para Deus isto significa profanar a Sua santidade: "Judá tem sido desleal, e abominação se tem cometido em Israel e em Jerusalém; porque Judá profanou o santuário do Senhor, o qual Ele ama, e se casou com adoradora de deus estranho" Mal 2.11.

A principal coisa que precisamos entender sobre o casamento, e isto falo a pessoas que são de Deus, e portanto, ouvem as Palavras de Deus, é que o casamento é uma instituição criada por Deus, é graça, e é Ele mesmo quem se encarrega de constitui-la e sustentá-la: "Portanto o que Deus ajuntou, o homem não separa" Mat 19.6. É por isso que Ele não admite a união de duas pessoas que não são regeneradas. Caso fosse possível, não seria um casamento, mas uma divisão. Estes não começariam um casamento, mas uma separação, e Deus não seria insensato a tal ponto. Também é uma tentação pensar que podemos nos casar com uma pessoa não regenerada e depois Deus regenerá-la. Como dizia um irmão, faça isto e você terá com toda a certeza como sogro o Diabo. Podemos sim casar com uma pessoa incrédula na ignorância, mas não na fé. Neste caso só podemos esperar na misericórdia de Deus, mas não podemos saber se os maridos ou as esposas incrédulas serão salvos: "Pois como sabes tu, ó mulher se salvarás teu marido? ou, como sabes tu, ó marido se salvarás tua mulher?" I Cor 7.16. Deus não leva em conta os tempos da ignorância, mas neste caso, não podemos evitar o dano pela ignorância.

Também não deve ser motivo de preocupação, que alguém esteja esperando na revelação de Deus quanto à sua esposa ou esposo, e o outro errar, não esperar, e casar com outra pessoa que não seja a sua parte. Neste caso, Deus é quem cuida e os guarda. Quem nEle crer não será confundido. Vejamos o testemunho de Deus para com Abraão, quando o Rei Abimeleque tomou sua esposa sem saber: "Ao que Deus lhe respondeu ( a Abimeleque) em sonhos: Bem sei eu que na sinceridade do teu coração fizeste isto; e também eu te tenho impedido de pecar contra mim; por isso não lhe permiti tocá-la; agora, pois, restitui a mulher a seu marido" Gen 20.7. Deus nunca permitirá o engano de duas pessoas que esperam nEle com toda a certeza. Neste caso, o noivo deve sempre se colocar diante de Deus com orações e suplicas com ações de graças e esperar naquele que é fiel.

Os que já estão casados, veremos adiante quando tratarmos da vida prática em família. Agora, trataremos com os pais que tem filhos e um dia se casarão, e com aqueles que são solteiros, e temem e tremem da Sua Palavra (Isa 66.2), evitando assim que sofram o dano da ignorância. Casamento não é brincadeira, nem algo que devemos ignorar. Este deve ser um dos principais cuidados dos pais para com seus filhos, depois da necessidade do novo nascimento, porque Deus nos exorta quando diz: "Nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás filhas para os teus filhos; pois elas fariam teus filhos desviar de mim" Deut 7.3-4.

Talvez você diga: - "mas tal pessoa não é idólatra. Não importa, Deus diz que toda pessoa não regenerada é um templo de ídolos, portanto, nunca poderá haver consenso com o santuário de Deus (II Cor 6.16). Mas poderão ainda dizer: - "mas meus filhos ainda não são regenerados, como posso evitar que se casem com incrédulos". É agora que a Palavra de Deus se cumprirá naqueles que disciplinaram seus filhos e os ensinaram no caminho em que devem andar, e aqueles que não disciplinaram, e colherão os frutos da desonra. Pode ser que alguns permaneçam na rebeldia, mas a promessa é que ainda quando forem velhos, não se desviarão da Palavra, e que a correção trará descanso e deleite aos pais (Prov 22.6; 29.15-17). Creio que Deus cumprirá com a Sua Palavra. Tudo o que estamos plantando nos nossos filhos vamos colher.

Na Palavra de Deus encontramos promessas gloriosas para os nossos filhos, e devemos sempre nos lembrar, que o importante é que Deus os ajunte, e não que eles escolham por si mesmos, nem se deixem levar pelas paixões da mocidade. Nós podemos ver na Palavra que isto já aconteceu no passado, e trouxe grande prejuízo para toda a humanidade: "Sucedeu que quando os homens começaram e multiplicar-se sobre a terra, e lhes nasceram filhas, viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram" Gen. 6.1-2. A Palavra de Deus foi escrita para nosso ensino (Rom 15.4), e ela nos mostra nesta passagem a escolha dos filhos de Deus pelas filhas dos homens e a consequência que isto trouxe a terra (Gen 6.5-7).

Apesar de nossos filhos não serem regenerados, não podemos nos esquecer que o convívio com os pais regenerados, ou mesmo com um dos pais regenerado, os santificam, isto é, os tornam coparticipantes das promessas (I Cor 7.14). Como testemunho, devemos olhar para Abraão em Gênesis 24 do versículo 2 ao 7: "E disse Abraão ao seu servo, o mais antigo da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía: Ponha a tua mão debaixo da minha coxa, para que eu te faça jurar pelo Senhor, Deus do céu e da terra, que não tomarás para meu filho mulher dentre as filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito; mas que irás à minha terra e à minha parentela, e dali tomarás mulher para meu filho Isaque. Perguntou-lhe o servo: Se porventura a mulher não quiser seguir-me a esta terra, farei então tornar teu filho à terra donde saíste? Respondeu-lhe Abraão: guarda-te de fazeres tornar para lá meu filho. O Senhor, Deus do céu, que me tirou da casa de meu pai e da terra da minha parentela, e que me falou, e que me jurou, dizendo: À tua semente darei esta terra; Ele enviará o seu anjo adiante de ti, para que tomes de lá mulher para meu filho". Quando ele disse: "à sua parentela", ele estava cuidando para que não se tomasse mulher que não fosse de sua família, isto é, da família dos filhos de Deus. O servo ficou em dúvida como poderia saber quem era a verdadeira mulher, e Abraão que conhecia as promessas de Deus, lhe disse que o Deus do céu, é que se encarregaria de trazer uma esposa a seu filho. E para que isto acontecesse, Ele enviaria adiante dele um anjo.

É muito glorioso, saber que o Senhor que tem cuidado de nós, tem prazer no casamento, e por isso, Ele mesmo se encarrega de trazer a noiva ao seu noivo e os revelar. A atitude de todo filho de Deus é orar e esperar, como estava fazendo Isaque antes de conhecer sua esposa (Gen 24.63). Nestas passagens, vemos claramente em Abraão e em Isaque, a atitude dos pais para com seus filhos, e a dos filhos para com Deus, ainda que como Isaque, aos quarenta anos (Gen 25.20). Somente os filhos de Deus, ainda mais neste tempo, podem honrar o matrimônio e o leito sem mácula (Heb. 13.4).

Quanto às viúvas, a Palavra de Deus é a mesma. Mesmo que se casem novamente, este casamento deve ser no Senhor (I Cor 7.39). Como a união de Cristo com a Sua Igreja é eterna, para Deus, o casamento também é para toda a vida. Outra coisa muito comum entre os incrédulos, e que a Palavra de Deus não sustenta, é o namoro. Eu já vi até cristãos dizerem que o namoro é necessário para que se conheça o parceiro e assim ver se é de Deus. Isto não tem base bíblica. O namoro é uma invenção dos ímpios, para promover a fornicação. Namoro é uma desculpa dos ímpios para escolherem seus parceiros, porque não creem que Deus é quem faz isto. O que encontramos na Palavra de Deus é noivado, que significa o preparo para o casamento de duas pessoas que já receberam do Senhor a revelação, e agora preparam juntos as condições para estarem o mais breve possível juntos. Aqueles que são mais prudentes, mesmo antes de conhecer a sua noiva, já se preparam, para que no momento que o Senhor revelar o casal, não necessitem de muito tempo para estarem juntos.

As virgens cuidam das coisas do Senhor, em como há de agradar o Senhor. Os casados cuidam das coisas do mundo, em como há de agradar a sua esposa ou seu marido (I Cor 7.32-33). Tudo o que não se conforma a estas sãs palavras, são obras infrutuosas das trevas, portanto, motivo de fuga para os que são moços: "Foge das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor, a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor (II Tim 2.22). Namoro é coisa para incrédulos, que escolhem para si seus parceiros e se entregam a eles para fornicação e prostituição. A virgindade é agradável a Deus, porque também é uma figura da Igreja esperando seu noivo Jesus Cristo. A virgindade do homem como da mulher, é um voto de santidade e de obediência a Deus: "Porque estou zeloso de vós, com zelo de Deus; pois vos desposei com um só Esposo, Cristo, para vos apresentar a ele como virgem pura" II Cor 11.2. Veja que Jesus se guardou e continua se guardando para a seu tempo ter a sua esposa gloriosa, sem mancha nem ruga, que o Pai trará a Ele.

O nosso corpo é o santuário de Deus, e quem o destruir, Deus o destruirá. A virgindade significa manter o corpo puro para ser instrumento de honra a Deus e de Sua Glória. Os jovens não precisam se preocupar com experiência, pois, é a partir do casamento que um começa a conhecer o outro: "Conheceu Adão a Eva, sua mulher (veja que o conhecimento se dá a partir do casamento), ela concebeu e, tendo dado à luz a Caim, disse: Alcancei do Senhor um varão" Gen 4.l. Deitar-se com uma mulher, ou entregar seu corpo a um homem antes do casamento é considerado por Deus um pecado muito grave, é o pecado contra o corpo, o pecado contra o Seu templo: "Ou não sabeis que o que se une à meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque foi dito, os dois serão uma só carne. Fugi da prostituição. Qualquer outro pecado que o homem comete, é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo" I Cor 6.16-18. Devemos atentar para a diferença que há entre uma meretriz e uma prostituta. A prostituta entrega o seu corpo por dinheiro, mas a meretriz entrega o seu corpo por prazer. Qualquer pessoa que vive na prática do sexo antes do casamento vive num pecado grave, e isto trataremos quando estivermos olhando para o que Deus diz a respeito do sexo.

Creio que já temos uma base bíblica para o noivado, para que não incorrermos no erro dos incrédulos, ou padecermos por falta de conhecimento. Como pudemos ver, o casamento é uma coisa muito séria. Qualquer um pode entrar para ele com muita facilidade, mas não poderá sair dele, do contrário as consequências serão irreparáveis. Casamento não é uma brincadeira de bonecas, onde jovens sem compreensão, se entregam aos sentimentos carnais, mas uma instituição divina, portanto, é por Ele determinado, realizado e sustentado. Como mais um exemplo bíblico, podemos ver a diferença de Isaque que esperou em Deus por sua esposa, tendo seu pai como um intercessor diante de Deus, e Jacó, que trabalhou 14 anos como escravo de seu sogro idólatra, para conseguir casar com uma mulher que ele escolheu e que também era idólatra, que só lhe trouxe problemas (Gen 29 e 30).

Todo aquele que nEle crer não será confundido. A escolha do casal para o casamento é divina, é determinação de um Deus gracioso e Soberano. Se rebelar contra isto, é sofrer todo o prejuízo, e muitos que não tiveram conhecimento disto poderão dar seus testemunhos. Que Deus nos livre e livre os nossos filhos desse erro tão sério, para a Sua própria Glória.

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