Os
Filhos "Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão"
Salmo 127.3. Neste
capítulo, queremos olhar para a Palavra de Deus, esperando inteiramente na
graça que se nos oferece na revelação de Jesus Cristo, no que diz respeito
aos nossos filhos. Bom é ter esperança diz o Senhor, e aguardar em
silêncio a salvação do Senhor, atentando diligentemente para as ordenanças
que o Senhor nos deixou para que sejam cumpridas na vida de nossos filhos,
talvez o Senhor, o Deus dos exércitos, tenha piedade do resto de José
(Lamentações 3.25, Amós 5.15). Lembremos sempre que para nós os que cremos
é a bondade de Deus, porque a severidade é para os que caíram. Nós não
somos daqueles que retrocedem para a perdição, mas daqueles que crêem para a
conservação da alma. Todo aquele que nEle crê não será confundido, com toda
a certeza. Bem, a nossa função não é entrar numa área
aonde só a Deus permite. Temos muitos mandamentos do Senhor que devem ser
observados um a um para a criação dos nossos filhos.
Nenhuma família pode sobreviver sem a submissão
da mulher para com o marido, o amor do marido para com a sua esposa, e a
obediência dos filhos para com os pais. Se não houver estas três coisas,
nenhuma família pode viver bem. Uma casa pode haver obediência dos filhos e
amor do pai, mas se não houver a submissão da mulher não poderá andar bem.
Assim será com qualquer uma das partes. Os nossos filhos devem ser obedientes,
senão a família será transtornada, ainda que os pais sejam regenerados. Será os filhos uma benção ou uma maldição para
os pais regenerados? Será que é possível os filhos não regenerados
obedecerem a seus pais? Pode pais regenerados conviver com filhos não
regenerados e ter uma família harmoniosa? Para encontrarmos estas respostas,
precisamos caminhar pela Palavra de Deus e aprender qual deve ser a atitude dos
pais para com seus filhos. Hoje o método mais apreciado pelo mundo é a
psicologia, mas estes padrões humanos estão caindo por terra, face à
crescente perversidade dos filhos desta geração psicológica, e por isso estão
reavaliando algumas teses, e uma delas é o de voltar a disciplinar os filhos.
Para nós, os que cremos, sabemos que a sabedoria do mundo é loucura diante de
Deus, e que a Palavra de Deus é a única verdade desde o princípio (Salmo
119.160).
Filhos são uma benção ou uma maldição para os
pais? A Palavra de Deus nos diz em vários lugares, que os filhos são uma
benção do Senhor e nunca uma maldição: "Eis que os filhos são herança do Senhor, e o
fruto do ventre o seu galardão" Salmo 127.3. O filho é uma benção
quando se guarda a Palavra de Deus: "Bendito o fruto do teu ventre,
e o fruto do teu solo, e o fruto dos teus animais, e as crias das tuas vacas e
das tuas ovelhas" Deuteronômio 28.4. Os filhos daqueles que crêem, é
a manifestação da bondade de Deus para com eles: "E levantando Esaú os olhos, viu
as mulheres e os meninos, e perguntou: Quem são estes contigo? Respondeu-lhe
Jacó: Os filhos que Deus bondosamente tem dado a teu servo" Gênesis
33.5. O Senhor considera bem-aventurados os filhos daqueles que são
regenerados: "O justo anda na sua integridade; bem-aventurados serão os
seus filhos depois dele" Provérbios 20.7.
O que primeiro temos que compreender é que os filhos não são nossos, mas são herança do Senhor colocados aos
nossos cuidados, portanto, é responsabilidade dos pais instruí-los, corrigi-los
e discipliná-los segundo a Palavra de Deus. Os que assim não procedem, estão
colocando tropeços a esses pequeninos e sofrerão o juízo de Deus: "É impossível que não
venham os tropeços, mas ai daquele por quem vierem! Melhor lhe fora que se lhe
pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho e fosse lançado ao mar, do que fazer
tropeçar um destes pequeninos" Lucas 17.1-2. Amor pelos filhos não é dar tudo a eles. Muitos
pais querem dar aos filhos aquilo que não tiveram quando criança, contribuindo
cada vez mais para a sua perversidade. O que nunca podemos nos esquecer, é que
nossos filhos enquanto não receberem de Deus uma nova vida, são pecadores como
qualquer um, e somente a observância da Palavra de Deus pode fazer com que
tenhamos filhos sábios. Nossos filhos não precisam ser criados nos melhores
colégios, ou receberem uma educação européia, ou coisa semelhante, mas serem
criados na disciplina e admoestação do Senhor: "E vós, pais, não provoqueis à ira vossos
filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor" Efésios
6.4. Em Ezequiel, capítulo 16, verso 49, Deus nos
mostra que três eram os pecados da cidade de Sodoma que Deus destruiu, e que
também foi encontrado em Israel: Soberba, Fartura de pão, e Próspera
Ociosidade. Para completar, eles nunca fortaleceram a mão do pobre e do
necessitado. Olhando para os nossos filhos, podemos constatar que soberba é
natural num coração pecador. Fartura de pão eles tem tido, porque Deus tem
nos abençoado muito, e se não cuidarmos iremos propiciar a cada dia, meios para que nossos filhos
fiquem o maior tempo possível sem fazer nada, logo, fazem-se prósperos na
ociosidade. Olhando para este quadro de Sodoma, e olhando para a forma como
muitos criam os seus filhos poderemos constatar
tranqüilamente que a humanidade está sendo preparados para serem os novos moradores de Sodoma. Fizemos esta analogia, com a finalidade que isto
desperte a nós pais para uma maior diligência no cuidado com os nossos filhos, e
devemos também lembrar que estamos vivendo os tempos trabalhosos como diz a
Palavra de Deus em II Timóteo 3.1-2, porque os homens nestes dias são amantes de si
mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus
pais, ingratos, sem afeição natural, mais amigos dos deleites do que amigos de
Deus. Esta é uma reclamação que temos encontrado nos quatro cantos do
planeta, por isso mesmo, este cuidado com os nossos filhos se torna cada vez mais
necessário e trabalhoso. A soberba, um dos pecados de Sodoma, como pudemos
ver, é natural no coração de qualquer criança. É nato, não se adquire com
o tempo. Soberba é esta altivez, esta arrogância, presunção, estultícia,
insensatez que vemos em todas as pessoas: "Pois é do interior, do coração dos homens, que
saem os maus pensamentos,... a soberba, a insensatez; todas estas más coisas
procedem de dentro e contaminam o homem" Marcos 7.21-23. "A
estultícia está ligada ao coração do menino..." Provérbios 22.15.
"Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência
dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo" I
João 2.16. Nestes versículos, encontramos o diagnóstico de
Deus, e o único remédio de Deus para esta soberba é colocar limites. O que
tem acontecido na maioria dos lares, por isso cresce a soberba dos filhos, é a
falta dos pais em colocar limites aos seus filhos. Eles não tem hora para
comer, dormir, jogar videogame, brincar e etc..., e isto tem contribuído para o
crescimento da soberba dos filhos. Deus em tudo pôs limites, e Ele nos mostra
que o limite tem a finalidade de quebrar o orgulho: "E tracei limites ao mar, pondo-lhe
portas e ferrolhos, e lhe disse: Até aqui virás, porém não mais adiante; e
aqui se quebrarão as tuas ondas orgulhosas?" Jó 38.10-11.
Neste versículo, podemos ver que Deus pôs limites ao mar para quebrar o seu
orgulho. Tudo Deus pôs limites até mesmo à habitação do homem (Atos 17.26).
O maior de todos os limites que Deus pôs, são os tempos determinados por Ele.
Ninguém pode adiantá-los ou atrasá-los: "Tudo tem o seu tempo
determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu" Eclesiastes
3.1. Às ondas Deus diz: "Até aqui virás", e para nós, tudo tem o
seu tempo determinado, e para com os filhos não pode ser diferente. Nunca se quebrará o orgulho, a soberba dos nossos
filhos se não houver limites e um tempo determinado para as coisas. O segundo
pecado de Sodoma era fartura de pão. Este é um ponto muito sério, e que
precisa de muita revelação de Deus. Vamos em primeiro lugar ver como Deus
trata os seus filhos, este Pai que é o dono do ouro e da prata. Vejamos se Ele
dá aos seus filhos grande fartura. Ele diz: "Sim, Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com
o maná, que nem tu nem teus pais conhecíeis; para te dar a entender que o
homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor, disso vive
o homem" Deuteronômio 8.3. Como podemos verificar neste versículo,
Deus até com seus filhos regenerados, precisa humilhá-los, com a finalidade de
que aprendam muito mais que simplesmente serem alimentados com o pão que
perece, e sim com o pão que permanece para a vida eterna. Dar tudo aos nossos
filhos, e como dizem alguns: "do bom e do melhor", não é bom para eles. O
melhor, é privá-los das coisas, ainda que tenhamos condições de
comprar. Este é o método de Deus para que não nos esqueçamos de Deus e
digamos em nosso coração: A minha força, e a fortaleza da minha mão é que
adquiriram estas riquezas (Deuteronômio 8.14-18). Não estamos dizendo só de pão, mas tudo.
Sabemos que nunca daremos valor às coisas de Deus se elas forem simplesmente
dadas. Pedro diz que o Senhor nos deu tudo, mas se não acrescentarmos à fé a
virtude, e a virtude o conhecimento, ficaremos infrutíferos no conhecimento de
Cristo. Deus poderia dar tudo, mesmo sem pedirmos, mas o Senhor diz que é com
muitas tribulações que nos importa entrar no reino de Deus (Atos 14.22). O
microscópio da Palavra de Deus diz que a
sangue suga tem duas filhas que se chamam: Dá, Dá (Provérbios 30.15). Esta será
sempre a atitude normal dos filhos para com os pais: dá, e dá. Temos que atentar
para que o Senhor diz e ter cuidado, porque esta foi uma das características que levaram
Sodoma a tornar os seus moradores pecadores extremados. Uma das coisas que
podemos fazer com os nossos filhos e prová-los se eles em algum momento pensam
nos pobres e necessitados. Disso fala o texto também. Se as coisas e os
brinquedos que não usam mais podem ser doados para crianças necessitadas. Caso
eles tenham o sentimento de manter tudo, isso revela a nossa negligencia no
ensino e disciplina e estaremos alimentando a sua soberba:
"Engordaram-se, estão
nédios (viçosos); e ultrapassam até os feitos dos malignos; não julgam com
justiça a causa dos órfãos, para que prospere, nem defendem o direito dos
necessitados" Jeremias 5.28. Dar tudo o que querem, só contribui para
serem cada vez mais soberbos e egoístas. O terceiro pecado de Sodoma era uma ociosidade
crescente. Ociosidade é o vício de gastar tempo inutilmente. Tudo hoje no mundo
é estudado para se ganhar tempo. Para a maioria das pessoas, a sua vontade era
viajar para belos lugares, ficarem em bons hotéis que não necessita de nenhum
trabalho, comer fora e em bons restaurantes, e principalmente ficar sem fazer
nada. Quantas mulheres não dizem que gostariam que inventassem uma máquina que apertando um botão,
fizesse tudo? Tudo isto para poder gastar tempo com coisas inúteis. Os campeões de ociosidade
são os que produzem entretenimento, tais como: a televisão, os videogames,
computadores e etc..., caso você não os utilizem adequadamente.
A Palavra de Deus nos diz que devemos remir o tempo, isto é, aproveitar o maior
tempo possível com coisas úteis e boas, e não andar como os néscios que gastam o
tempo com coisas inúteis e más: "Vede diligentemente como andais, não como néscios, mas como
sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus" Efésios
5.15-16. A ociosidade cria uma série de problemas, que com
atenção, podemos facilmente constatar nas crianças. Caso este seja o
diagnóstico dos seus filhos, o que acontece é que estão gastando tempo
inutilmente e com coisas más. A Palavra de Deus nos diz que uma das características de um ocioso
é o desperdício. O desperdiçador não tem cuidado com a sua roupa, materiais
escolares, bicicleta,
brinquedos, comida, e tudo estraga facilmente: "Aquele que é remisso na sua obra (ocioso) é irmão do
desperdiçador" Provérbios 18.9. Lembrem-se, quem ganha tudo
facilmente nunca saberá o valor das coisas, portanto, será um próspero
desperdiçador. Além de ser um desperdiçador, o ocioso é um desordeiro. Quem
não tem cuidado com as coisas, normalmente também não tem ordem: "Passei
junto ao campo do preguiçoso (ocioso), e junto à vinha do homem falto de
entendimento; e eis que tudo estava cheio de cardos, e a sua superfície coberta
de urtigas, e o seu muro de pedra estava derrubado (uma desordem). O que tendo
eu visto, o considerei; e, vendo-o, recebi instrução. Um pouco para dormir, um
pouco para toscanejar, um pouco para cruzar os braços em repouso; assim
sobrevirá a tua pobreza como um salteador, e a tua necessidade como um homem
armado" Provérbios 24.31-34. Todo ocioso é preguiçoso, é desperdiçador, é
desordeiro, e normalmente apático, indolente, não tem motivação para nada,
apenas aquilo que lhe agrada.
Estes são problemas do mundo moderno e se você não se tornar diligente no ensino
e disciplina dos seus filhos, com certeza eles serão, ou já estão sendo afetados. Antigamente os filhos ajudavam seus pais
desde pequenos em seus afazeres domésticos e comerciais. Hoje em dia, os pais
não pensam outra coisa senão que seus filhos estudem, usufrua dos seus bens, e façam uma boa
faculdade, tornando-os projetos de homens sem experiência alguma. Passam a
melhor faze de suas vidas ociosos, envolvidos em teorias e ilusões que muitas
vezes nunca são alcançadas, e na maioria das vezes vivendo com amigos da mesma
idade que seus pais nem ao menos tem temor de Deus, ou buscando profissões
rentáveis para engordar ainda mais a sua medida. Não sou contra o estudo, sou contra a falta de
vocação, e esta vocação também vem de Deus. Encontramos hoje milhares de
homens e mulheres com mais de 20 anos que jamais tiveram qualquer experiência
com o trabalho, nem mesmo com aqueles que seriam suas obrigações diárias. A
humanidade está caminhando para o fogo, e que Deus dê sabedoria aos seus filhos
para que estes possam criar os seus filhos conforme a Palavra de Deus e não
conforme o curso deste mundo: "E desejamos que cada um de vós mostre o mesmo zelo até o
fim; para completa certeza de esperança; para que não vos torneis indolentes,
mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas" Hebreus
6.11-12. No livro de Gálatas, capítulo 4, verso 1, nos
ensina que mesmo que sejamos herdeiro de tudo, no princípio não diferimos em nada de um servo,
até o tempo determinado pelo Pai. Com isto Deus nos ensina, que mesmo que possamos ter
empregados em nossas casas, os filhos não devem diferir deles no que diz
respeito ao aprendizado dos afazeres domésticos. Os filhos necessitam de tarefas
e com estas tarefas aprendem muitas coisas que um dia servirá para que eles
também possam governar as suas casas. Deus no Jardim do
Éden, apesar de prover tudo para o homem, ordenou que ele lavrasse e cuidasse
do jardim, cuidando com isso que eles não ficassem ociosos. As tarefas diárias
para os filhos são uma necessidade. Comece com as suas próprias coisas como:
cama, roupas, banheiro, brinquedos, lanche e etc...: "Em todo trabalho há proveito; meras
palavras, porém, só encaminham para a penúria" Provérbios 14.23. Lembrando o que já dissemos acima, não podemos nos esquecer que os habitantes de Sodoma não fortaleciam a mão do pobre e do necessitado. Este é um assunto até para os pais que tem ajuntado para o fogo, e não ajuntado tesouros no céu. Muitos fazem intercambio com pessoas de outros países, que tal fazermos um intercambio com uma família pobre? Tenho certeza que será de muita valia para os dois. Lembra do que Jesus disse quando convidarmos alguém para ir a nossa casa? Ele disse: "E dizia também ao que o tinha convidado: Quando deres um jantar, ou uma ceia, não chames os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem vizinhos ricos, para que não suceda que também eles te tornem a convidar, e te seja isso recompensado. Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos, e serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos" Lucas 14.11-14. Pode-se também pensar em um estágio de alguns dias em algum orfanato da cidade. Tenho certeza que será de muita valia por toda vida. Não devemos nos esquecer que para tudo tem um tempo determinado, e a criação dos nossos filhos não é somente disciplina e ensino. Também devemos separar um tempo para a atenção, o lazer e as brincadeiras com os nossos filhos. Eles precisam ser supridos da atenção e companheirismo dos pais para não se sentirem atraídos pela atenção dos outros e pelo mundo. Os filhos devem ter prazer nos pais, e para isto temos que investir no lado afetivo da família. Tanto no casamento como na criação dos filhos isto é algo muito importante, para que eles não sintam que nós pais só nos achegamos a eles para disciplinar. A alegria é uma das coisas que nos atrai à comunhão com Deus, ainda que Ele seja um Pai que nos disciplina: "Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há fartura de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente" Salmos 16.11. Se Ele fosse apenas disciplinador e não presente, bondoso e amoroso, com certeza isto nos levaria a ter medo dEle e nos afastaria. Em Efésios, capítulo 6, verso 4, Deus nos mostrou
que devemos criar nossos filhos na disciplina e admoestação do Senhor. Somente
colocar limites, dar tarefas, e privá-los de algumas coisas não é o
suficiente. Os nossos filhos precisam de tudo isto, mas principalmente da
disciplina e admoestação do Senhor. Em primeiro lugar, vemos a disciplina do
Senhor. Podemos encontrar vários meios de disciplinar, mas a única que funciona
é a disciplina do Senhor. A disciplina do Senhor é usar uma varinha. Varinha mesmo,
um pequeno pedaço de galho de alguma árvore, e ela pode ser correspondente ao tamanho da criança: "Nos lábios do entendido se
acha a sabedoria; mas a vara é para as costas do que é falto de
entendimento" Provérbios 10.13. A vara é o meio que Deus determinou,
para que nossos filhos sejam disciplinados. E já que é a Palavra de Deus, ela só
funciona se a usarmos por fé. Não se pode usar outro meio, tais
como: tapa, cinta, chinelo, etc..., daí não será mais disciplina do Senhor,
portanto, não podemos esperar resultados. Encontramos no coração da criança, como pudemos
ver, a estultícia, a soberba, e é somente a vara da correção que poderá
afugentar esta estultícia dela: "A estultícia está ligada ao coração da criança; mas a vara
da correção a afugentará dela" Provérbios 22.15. É precioso
sabermos que Deus proveu para nós um meio de afugentar de nossos filhos esta
estultícia, mesmo que eles não sejam regenerados. Imagine se eles fossem
entregues à sorte até que Deus fizesse uma obra em seus corações? Portanto ela é
uma bendita providência de Deus. Outra benção da varinha, é
que nos traz a promessa de livrar os nossos filhos do inferno: "Não
retires da criança a disciplina; porque, fustigando-a tu com a vara, nem
por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do
inferno" Provérbios 23.13-14. Um ponto que muitas pessoas tem
dúvidas é quando começar a disciplinar. No versículo acima, Deus nos ensina
que não devemos retirar da criança a disciplina. Se deixarmos de disciplinar a
criança uns 6 meses, estaremos retirando por seis meses a disciplina,
medite nisso. Aí alguém poderá dizer: - Mas é tão pequenininha? É
pequenininha, mas já nasceu em iniquidade e tem um coração bem definido para a perversidade. Poupar a vara é
falta de amor, “melhor é a repreensão aberta do que o amor encoberto”.
Disciplinar deixa feridas, mas fiéis são as feridas feita por aquele que ama
(Provérbios 27.5-6). Aquele que ama não deixa de disciplinar seu filho a seu tempo:
"Aquele que poupa a vara aborrece a seu filho; mas
quem o ama, a seu tempo o castiga" Provérbios 13.24. Até mesmo na
disciplina tem um tempo. Não é para discipliná-lo todo tempo, mas em todo
tempo que a disciplina for necessária, onde detectarmos rebeldia. Esta disciplina do Senhor, que é a
varinha, não deve ser nunca retardada, pois, enquanto ela estiver sendo usada haverá esperança: "Corrige
a teu filho enquanto há esperança; mas não te incites em destruí-lo" Provérbios
19.18. Incitar a destruí-lo, é dizer ao seu filho que ele não tem mais jeito,
não tem mais cura. Sempre estamos no tempo quando cremos na Palavra de Deus,
sabendo que tudo foi escrito para o nosso ensino, e que pela paciência e
consolação provenientes das Escrituras tenhamos esperança (Romanos 15.4). A disciplina do Senhor como pudemos ver é a varinha,
e a repreensão ou admoestação do Senhor é a Sua Palavra. Estas duas coisas
devem andar juntas. Só a vara, ou só a Palavra não trará ao nosso filho
sabedoria, nem aos pais descanso. Nestes versículos abaixo, podemos saber se
nossos filhos estão sendo bem criados no Senhor ou não. Caso não passem no crivo
da Palavra de Provérbios 29, nos versos 15 e 17 está faltando
para ela a vara e a repreensão: "A vara e a repreensão dão sabedoria; mas a criança entregue a si
mesma envergonha a sua mãe. Corrige a teu filho, e ele te dará descanso; sim,
deleitará o teu coração" Provérbios 29.15,17. Se teu filho estiver te
envergonhando, tem-lhe dado muito trabalho e tristeza, e não descanso, isso
mostra que ele precisa ser disciplinado e admoestado. A repreensão deve sempre
ser feita com a Palavra de Deus, porque somente Ela é útil para ensinar, para
repreender, para corrigir, e para instruir em justiça, para que eles sejam
homens e mulheres de Deus (II Timóteo 3.16) acompanhada da vara da correção. Tudo tem um tempo determinado, menos a Palavra de
Deus. Ela deve ser falada aos nossos filhos a tempo e fora de tempo: "E estas palavras ,
que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e
delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao
levantar-te" Deuteronômio 6.6-7. Mesmo aqueles filhos que já estão
em fase adulta, ou casados, Deus nos ensina que eles precisam saber e aprender,
independente de sexo ou idade: "Congregai o povo, homens, mulheres e
pequeninos, e os estrangeiros que estão dentro das vossas portas, para que ouçam
e aprendam, e temam ao Senhor vosso Deus, e tenham cuidado de cumprir todas as
palavras desta lei; e que seus filhos que não sabem, ouçam, e aprendam a temer
ao Senhor, todos os dias que viverdes sobre a terra..." Deuteronômio
31.12-13. Deus nos ensina que devemos repreender nossos
filhos com a Palavra de Deus, porque ela é viva e eficaz, e mais penetrante do
que espada alguma de dois gumes. Ela faz divisão de alma e de espírito, e é
apta para discernir os pensamentos e as intenções do coração (Hebreus 4.12).
Com tantos sofismas no mundo, e tudo sendo colocado na mente de nossos filhos,
nada irá derrubar isto deles, somente a palavra de Deus. Além de destruir tudo o que
se ergue contra o conhecimento de Deus, leva todo pensamento à obediência a
Cristo (II Coríntios 10.45). A Palavra falada aos nossos filhos fica neles, e
isto os guarda, os ensina e os livra em todo o tempo e principalmente quando não
estão debaixo dos nossos olhos: "Filho meu, guarda o mandamento de teu pai, e não
abandones a instrução de tua mãe; ata-os perpetuamente ao teu coração, e
pendura-o ao teu pescoço. Quando caminhares, isso te guiará; quando te
deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo. Porque o mandamento
é uma lâmpada, e a instrução uma luz; e as repreensões da disciplina são o
caminho da vida" Provérbios 6.20-23. Quando criança, é necessário fustigar com a vara, mas quando ele se torna menino, devemos ainda andar com a vara, mas usar somente a Palavra. Deus nos ensina isto quando Moisés conduzia o povo de Israel através do deserto. Ele instruiu Moisés, na primeira vez, a tomar a vara e ferir a rocha. Na segunda vez, Deus disse que era para ele levar a vara, mas falar a rocha (Números 20.8) Assim também deve ser quando a criança se torna menino: "Ensina o menino no caminho em que deve andar, e até quando for velho não se desviará dele" Provérbios 22.6. Se usarmos a vara da correção quando ainda são crianças, a estultícia fugirá dele e a Palavra ensinada irá permanecer nos seus corações. Como já dizemos, esta foi a maneira como Deus providenciou a nós pais, até que os nossos filhos cheguem a uma experiência real de regeneração. Somente as Sagradas Escrituras pode nos tornar sábios e tornar nossos filhos sábios para a salvação (II Timóteo 3.15). Os ímpios tem olhos mas não vêem, tem ouvidos mas não ouvem, mas nós, os que cremos, podemos dizer que temos sido ensinados; temos os olhos abertos e os ouvidos e para ouvir. Diante disto o Espírito diz: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça". E não enganemos a nós mesmos, porque se formos apenas ouvintes e não praticantes, iremos colher mais tarde aquilo que estivermos plantando. Se for na carne iremos colher corrupção, mas se for no Espírito ceifaremos vida eterna. Se formos ouvintes e praticantes seremos bem-aventurados naquilo que fizermos (Tiago 1.23-25). Amém. |