O PRIMEIRO DEGRAU
"... estava posta sobre a terra uma escada, cujo topo chegava ao céu...". Gênesis 28.12.
Não é por acaso que o Salmo 119 é o maior capítulo das Escrituras. Se lermos este Salmo iremos ver que por 175 versículos ele tenta viver uma vida diante de Deus, mas de forma individual. No último versículo ele diz: "Desgarrei-me como a ovelha perdida; busca o teu servo...". Esta é a conseqüência de andar só: a perda de ser apascentado pelo Pastor junto ao seu rebanho. Uma vez que a ovelha perde a voz orientadora do pastor, ela por si mesma não pode voltar. O pastor tem que buscá-la. A ovelha desgarrada não volta por si mesma, somente se o pastor for buscá-la e conduzi-la por sua voz. Logo em seguida começa o Salmo 120 que é o primeiro salmo dos degraus, que vai até o 134. Esses degraus falam do crescimento no conhecimento de Cristo e da vida cristã, pois Jesus é esta escada que liga o céu e a terra, e que faz-nos chegar ao topo, ao céu. Falamos sempre do Salmo 133 e o desejamos intensamente. Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso, mas este estágio é o penúltimo degrau da vida cristã. Para chegarmos lá é necessário subir ainda 12 degraus. Não podemos viver perdidos em nossa individualidade. É necessário primeiro o pastor nos buscar, e como diz o verso 1 do Salmo 120, é na angústia que clamamos, e é a partir desse momento que inicia a caminhada do crescimento, culminando com o Senhor nos abençoando desde Sião, no seu Reino. O primeiro passo nesta escalada conduzida pelo Pastor e Bispo das nossas almas, tem dois aspectos que pretendo contribuir, sabendo que há muitos outros, que o Senhor tem dado a muitos outros irmãos. O primeiro fala do verso 5 a 7. Meseque era filho de Jafé, filho de Noé e habitou nas terras do norte de Israel, e Quedar é um dos filhos de Ismael, filho da serva com Abraão e que habitava ao sul da terra da promessa. Como temos aprendido do Senhor, Canaã é a terra da promessa. Ela é a figura de Cristo e também da Igreja. Isto nos ensina que peregrinar de um lado para o outro e não estar no descanso de Deus é viver em constante angustia. É estar na mundanização daquilo que é chamado de igreja, e também sendo perseguido por aqueles que se dizem irmãos, mas são filhos da carne. Nós somos pela paz, mas eles são pela guerra. (Gálatas 4.29). O outro aspecto é a língua mentirosa e enganadora, que necessitamos ser libertos. Para vivermos em paz com aqueles que buscam a paz, é necessário que a nossa língua, como diz Tiago, não bendiga ao Senhor e amaldiçoe os homens feitos à sua semelhança. Ela é um pequeno membro que se gaba de grandes coisas, e que é inflamada pelo inferno. Ela não pode ser domada por nós homens têm que ser mortificada e santificada pelo Espírito (Romanos 8.13). A flecha nas Escrituras tem uma figura de algo que fere profundamente. A lança é para juízo e a espada para dividir e penetrar. A diferença entre elas, é que uma vez que a flecha saiu do arco, não volta mais, ela irá atingir o alvo. A espada e a lança você pode detê-las, mas a flecha disparada não. Assim é com a nossa língua. Se estivermos desejando a paz, então temos que parar de peregrinar de um lugar para outro, e habitar na terra da Promessa, no descanso de Deus que é Cristo, a Igreja. E se quisermos viver em paz nesta terra, a nossa língua deve ser para ministrar graça, para bendizer, para orar e para promover a paz. Que o Pastor ouça o nosso clamor e nos conduza ao primeiro degrau. |
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